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Diagnóstico E Conduta Recomendada Para Descolamento De Pastilhas Cerâmicas Em Uma Edificação

Banca: Instituto AOCP

2018

TRT 1 - Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região | Analista Judiciário - TRT 1ª Região

Padrão de Resposta: 30 linhas

Foi realizada uma vistoria, em um edifício do Tribunal Regional do Trabalho, com o objetivo de verificar as causas do descolamento de pastilhas cerâmicas da fachada da edificação.

Na vistoria, verificou-se que: (a) as pastilhas cerâmicas se descolavam em grandes placas; (b) as áreas onde aconteceram os descolamentos situavam-se nas fachadas onde ocorre a ação mais intensa da insolação direta ou nas regiões contíguas às juntas de dilatação; (c) outras áreas, além daquelas onde ocorreu o descolamento, apresentavam som cavo à percussão; (d) as pastilhas foram assentadas com papel perfurado colado à face interna das pastilhas, e a área perfurada do papel corresponde a 50% da área total.

A partir da anamnese do caso, relatou-se que:

(i) o edifício foi construído cerca de dez anos antes da vistoria; aproximadamente seis meses antes da vistoria todo o revestimento da fachada foi refeito; um mês antes da vistoria, começaram a ocorrer os descolamentos; (ii) no manual do fabricante das pastilhas, encontra-se recomendação do uso de argamassa adesiva quando a base é em emboço desempenado, situação constatada na edificação em análise.

Exames “in loco” de arrancamento de pastilhas demonstraram que, mesmo nos locais que apresentavam som cavo, a força de arrancamento necessária foi relativamente grande devido ao fenômeno de encunhamento das juntas.

Exames realizados em laboratório de caracterização de amostras de argamassa adesiva similar à usada na obra e das pastilhas cerâmicas usadas demonstraram que elas eram de boa qualidade e que as pastilhas apresentaram uma película de cola de amido sobre a superfície dos furos do papel perfurado colado à face interna das pastilhas.

Ensaios de aderência, realizados em laboratório, a partir de materiais, componentes e técnica de assentamento similares aos empregados na obra, utilizando-se a mesma base e empregando pastilhas com e sem papel perfurado no verso, demonstraram ser adequada a aderência da argamassa adesiva empregada. O mesmo não pode ser dito quanto à existência do papel perfurado entre a pastilha e a argamassa, ocorrendo, no caso da existência do papel perfurado e da película de cola de amido, uma sensível diminuição da aderência.

Com base na situação descrita, solicita-se a apresentação do diagnóstico e a indicação da conduta recomendada.