Desafios da Modalidade de Ensino Eja: Educação de Jovens E Adultos
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Desafios da Modalidade de Ensino Eja: Educação de Jovens E Adultos", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Várias tentativas vêm sendo feitas por toda história do Brasil, para cessar o analfabetismo, especialmente, o analfabetismo dos jovens e adultos. Por tornar-se um problema de ordem estrutural, todas as iniciativas até a conjuntura atual lograram pouco êxito, pois, no Brasil, conforme dados do IBGE/INEP (2017), em números absolutos, a taxa de analfabetos representa 11,5 milhões de pessoas que não escrevem e nem leem.
A incidência chega a ser quase três vezes maior na faixa da população acima de 60 anos, 19,3%, muito além que o dobro entre pretos e pardos (9,3%) em relação aos brancos (4,0%) (IBGE/INEP, 2017).
Esse é o cenário da situação educacional do Brasil atualmente, que aponta para a carência de implementação e execução de mais Políticas Educacionais e, é neste contexto que o Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), se propõe a atender um público alvo que não conseguiu acompanhar o ensino de forma regular, estando fora da idade prevista, seja por carência de vagas nas instituições públicas, ou por privação de recursos financeiros através da família, sem um norte de incluí-los em nossa sociedade, para capacitar à escrita e leitura, cooperando para a inclusão dos educandos no universo do trabalho.
Todavia, assistimos perplexa uma desvalorização por parte do governo atual em prestigiar a Educação, de modo geral, e isso é muito grave, trazendo consequências devastadoras para o país, no contexto mundial.
O sistema de ensino no Brasil através de sua história tem passado por um método de transição, buscando novas alternativas pedagógicas que possam extinguir o analfabetismo no país, através de programas que sirvam de incentivo para os jovens e adultos buscarem o saber formal.
Mesmo assim, percebemos que a desistência escolar através da implantação dos programas tem apresentado resultados negativos, tornando-se desafiador para o professor, manter o aluno permanecendo na escola. Não se trata de alfabetizar um mundo no qual a leitura era privilégio de poucos letrados, mas sim, em formar o ser humano, mediante os contextos nos quais estão inseridos.
Foi no governo Vargas dado início as primeiras iniciativas de combate ao analfabetismo, acelerando o metodo de campanhas de educação voltadas a adolescentes e adultos analfabetos do país.
O presidente Getúlio Vargas tinha uma compreensão mais abundante na questão educacional, ainda que as suas propostas estivessem voltadas para o futuro, ele considerava que os problemas da educação se relacionavam com melhoramento dos transportes e das estradas.
Com isso, fez o Estado reconhecer e assumir a obrigação de construir escolas para todos, transformando, assim, a educação em uma obrigação do Estado e um direito de cada cidadão, pelo menos até o ensino médio. Estas, portanto, foram as primeiras providências de cunho governamental com o propósito de extinguir o iletrado no Brasil.
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/avancos-e-desafios
TEXTO II
O acesso à Educação é fundamental para que todos possam intervir de modo consciente na esfera pública, participar plenamente da vida cultural e contribuir com seu trabalho para a satisfação das necessidades básicas e a melhoria das condições de vida da sociedade. Entretanto, em pleno século 21, o Brasil ainda possui um enorme contingente de cidadãos privados do mais elementar direito à Educação. O Censo Demográfico de 2010 contabilizou 13,9 milhões de jovens e adultos com idade superior a 15 anos que declararam não saber ler ou escrever. Esse mesmo levantamento indicou que 54,4 milhões de pessoas com 25 anos ou mais tinham escolaridade inferior ao Ensino Fundamental e outras 16,2 milhões haviam concluído o Ensino Fundamental, porém não o Ensino Médio.
Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/114/os-desafios-para-garantir-a-educacao-de-jovens-e-adultos
TEXTO III
Disponível em: https://www.dgabc.com.br/Noticia/3866758/obituario-23-de-maio-de-2022