Ora, Ora

Parece que você tem um Bloqueador de Anúncios ativo, e quem não usa?

Contudo a Agatha Edu se mantém essencialmente com a renda gerada por anúncios, desativa aí rapidinho, parça. 😀

Home > Propostas de Redação > Propostas de Redação Enem > Educação >

O Ensino da História e Cultura Africana No Brasil: Conquistas e Desafios

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "O Ensino da História e Cultura Africana No Brasil: Conquistas e Desafios", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Apesar de ter completado 16 anos em 2019, a lei que tornou obrigatório no país o ensino de história e de cultura africana e afro-brasileira nas escolas em sua totalidade está longe de ser implementada de forma significativa.

O ensino do tema ainda depende de iniciativas pontuais, projetos, campanhas e atividades propostas por grupos organizados em defesa da cultura afro-brasileira e, ainda assim, ficam aquém das mudanças necessárias. Essa é a visão do professor de História, Ricardo de Moura Faria.

Para ele, se o ensino de História no Brasil não tivesse o viés europeizante que sempre teve e ainda tem, a Lei 10.639, de 2003, não seria necessária. “Nossas raízes africanas já deveriam ter sido contempladas nos currículos desde sempre, mas não foi isso o que aconteceu. Daí a importância da lei, que é necessária, sem dúvida, porém com dificuldades enormes para sua implementação”, pondera o professor, com 35 anos de experiência em sala de aula, e autor de vários livros didáticos e paradidáticos.

Segundo Ricardo, um dos fatores que dificulta a implementação da lei é a quase total ausência de disciplinas relacionadas à História Africana e suas repercussões no Brasil nos cursos de licenciatura. Ele acredita que nem todas as faculdades e universidades investiram nisso. “Creio que já passou da hora de termos cursos emergenciais voltados para a temática afro-brasileira em número suficiente para suprir essa lacuna”, afirma.

Grande parte das universidades e faculdades, onde Ricardo também lecionou por muito tempo, traz o tema apenas em um semestre de seu currículo, o que é considerado muito pouco. Também é preciso investir na formação continuada, pois muitos professores de História se formaram há mais de 15 anos, antes da lei entrar em vigor, e estão desatualizados.

Disponível em: https://maiseducacao.uai.com.br/2019/09/09/lei-sobre-ensino-de-historia-afro-brasileira-ainda-enfrenta-obstaculos/

TEXTO II

Início do quarto bimestre numa escola pública estadual na capital paulista. A aula de História começa e eu peço aos alunos do sétimo do ensino fundamental que falem o lhes vêm à mente quando nos referimos à África.

– Muitas crianças magras e famintas– responde uma aluna.

– Pobreza e sede–interpela outra aluna.

– Gente desnutrida, negros com os ossos saltados – afirma um aluno, enquanto esbugalha os olhos com as mãos.

– É um “país” com zebras e leões, rinocerontes e a girafas– imediatamente emendou outro aluno.

Confesso que o continente africano. Projeções estas, de pobreza e espoliação, muitas vezes apresentadas a nós pelos meios de comunicação, que priorizam os animais exóticos, a fome, a seca, as guerras civis e tribais. Isso quando mídia se interessa em nos oferecer algum conteúdo sobre algum país daquele continente, porque o que persevera na maioria das vezes é o silêncio. Esses atributos e estigmas proliferados não definem por inteiro o continente africano, embora perdurem na imaginação e entendimento de muitos de nós.

O objetivo do estudo da história da África nos currículos escolares da educação básica é diminuir a distância entre a África e o Brasil, desconstruindo um imaginário que foi criado em torno do negro africano desde a Antiguidade, quando Heródoto, considerado o “pai da História”, afirmava que os etíopes (homens de pele preta) eram inferiores, bárbaros e irracionais, quando comparados aos gregos, ideal de perfeição e grandeza e, portanto, um modelo para as demais civilizações do mundo. Desde então, os negros africanos foram assemelhados à negação, à ausência, à deformação e àquilo que não é belo, ao que não é universal, ou seja, a um ser menor.

Disponível em: https://www.justificando.com/2018/12/13/lei-10-639-03-estudar-a-historia-da-africa-e-compreender-a-historia-do-brasil/

TEXTO III

Puxe pela sua memória: quantas vezes você abriu um livro e a personagem principal era negra? Quantos livros já leu em que fenótipos negros e indígenas eram valorizados e não postos em posições inferiorizadas? A resposta para essas perguntas pode impulsionar em você o desejo de trabalhar com conceitos de educação antirracista. E a leitura traz caminhos possíveis nesse sentido.

Em 2003, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) foi alterada para incluir a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira por meio da lei 10.639. Cinco anos depois, em 2008, acrescentou-se a obrigatoriedade também de incluir a história dos povos indígenas e originários no currículo das escolas, com a lei 11.645.

No texto de 2003, há a indicação de que esses conteúdos podem ser trabalhados especialmente em artes, literatura e história. O que, claro, não impede que sejam também apresentados em disciplinas como ciência e matemática, por exemplo.

Disponível em: https://porvir.org/como-a-leitura-pode-auxiliar-a-implementacao-da-lei-10-639/










Propostas de Redação: Educação

Propostas de Redação: Sociedade