O Aumento do depressão entre jovens no Brasil
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "O Aumento do depressão entre jovens no Brasil", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Em seus aforismos, Hipócrates (460 a.C.-370 a.C.) resumiu a melancolia, uma compreensão precoce da depressão, como “um estado de medo e desânimo duradouros”. Era provocada, segundo ele, pelo excesso de bile no organismo — no grego antigo, melancolia significa “bile negra”. Desde então, na longa história da civilização, busca-se uma definição precisa de uma doença ainda longe de ser inteiramente compreendida. Na década de 20, o psiquiatra alemão Kurt Schneider imaginou que a depressão poderia ser dividida em duas classes, cada uma exigindo uma forma de tratamento: a depressão resultante de mudanças de humor, que chamou de “depressão endógena”; e a depressão que nascia como reação a eventos externos, ou “depressão reativa”. Sua teoria foi desafiada em 1926, quando o psicólogo britânico Edward Mapother argumentou, no British Medical Journal, que não havia evidências de dois tipos de depressão e que as aparentes discrepâncias entre os pacientes decorriam apenas da gravidade da condição. De lá para cá, surgiu uma sucessão de novas explicações. Uma das acepções mais aceitas, pedra inaugural de uma avenida de conhecimento, e certamente uma das mais bonitas, foi apresentada em 1969 pelo psicólogo americano Rollo May em seu livro Love and Will (Amor e Vontade): “A depressão é a incapacidade de construir um futuro”.
Disponível em: https://veja.abril.com.br/saude/depressao-entre-jovens-as-dores-do-crescimento
TEXTO II
O problema não só existe como já é bem prevalente no universo teen: atinge um em cada cinco jovens entre 12 e 18 anos (faixa etária considerada como adolescência no Brasil). Há uma lista de motivos por trás do panorama tão assustador.
“Questões sobre sexualidade, dificuldade em lidar com frustrações, bullying, além de pressão pela escolha da carreira e por um bom desempenho escolar estão na base de conflitos que podem funcionar como agravantes”, alerta a psicóloga Vera Ferrari Rego Barros, presidente do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
De acordo com a psiquiatra Lee Fu-I, coordenadora do Programa de Transtornos Afetivos na Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (Ipq-USP), as formas de diagnóstico também se aperfeiçoaram, facilitando a identificação do quadro. Só que, para a intervenção ocorrer o mais cedo possível, tem um profissional imprescindível nesse roteiro: o pediatra.
Disponível em: https://www.saude.abril.com.br/familia/depressao-na-adolescencia-e-coisa-seria/amp/
TEXTO III
Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo. Em dez anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%. E esse total, que representa cerca de 5% da população mundial, só deve aumentar com o tempo, fazendo com que a doença se torne a segunda maior preocupação em termos de saúde pública no planeta.
Quando nos voltamos ao Brasil, temos 5,8% da população sofrendo de depressão, ou seja, um total de 11,5 milhões de brasileiros. Ainda de acordo com a OMS, entre os países da América Latina, o Brasil é o que possui maior número de pessoas em depressão.
"São números assustadores e, ainda sim, nos deparamos com muito preconceito disseminado culturalmente. Por exemplo, é comum ouvir pessoas dizendo que depressão não é doença e, sim, frescura; que para ficar bom é só ter força de vontade; que para se ajudar tem que sair de casa; entre tantas outras falácias do mundo pós-moderno", explica a psicóloga e neuropsicóloga Elaine Di Sarno.
Disponível em: https://www.atribuna.com.br/2.713/brasil-tem-o-maior-n%C3%BAmero-de-casos-de-depress%C3%A3o-da-am%C3%A9rica-latina-1.42717