Povos isolados na Floresta Amazônica
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Povos isolados na Floresta Amazônica", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Os indígenas isolados não são atrasados nem relíquias primitivas de um passado remoto. Eles são nossos contemporâneos e parte vital da diversidade humana.
Quase todos os povos indígenas isolados da Fronteira Isolada Amazônica são nômades e se movem em pequenos grupos familiares por seus territórios de acordo com as estações do ano.
Na estação chuvosa, quando os níveis de água são elevados, os indígenas que geralmente não usam canoas se afastam dos rios e se mudam para as profundezas da floresta.
No entanto, durante a seca, alguns indígenas acampam nas praias, pescam e recolhem ovos de tartaruga.
Muitos desses indígenas isolados vivem em casas comunais e plantam roças em pequenas clareiras na floresta, além de caçarem e pescarem.
Outros indígenas, como os Mashco-Piro, são caçadores-coletores que constroem acampamentos rapidamente e depois os abandonam. Eles caçam animais, como macacos, com longos arcos e flechas.
Disponível em: https://www.survivalbrasil.org/povos/fronteiraisolada
TEXTO II
O cerco se fecha para os indígenas isolados no Brasil. Novas frentes de expansão e exploração avançam sobre a Amazônia, reduzindo a floresta e comprometendo a existência desses povos, que dependem intrinsecamente da mata para sobreviver. São 114 registros em toda a Amazônia, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), 28 deles confirmados.
Essas populações resistem nos últimos redutos de floresta, enquanto os não indígenas aproximam-se cada vez mais em sua busca por riquezas. Em algumas regiões, como os Kawahiva do Rio Pardo, no Mato Grosso, ou os Awá Guajá, no Maranhão, os isolados sobrevivem a seu modo a poucos quilômetros de garimpeiros, caçadores e madeireiros. Uma vida em fuga, protegendo-se na invisibilidade que a floresta oferece. É esse o cenário retratado na publicação “Cercos e Resistências: povos indígenas isolados na Amazônia Brasileira” lançada pelo ISA na terça-feira (23/7).
Disponível em: https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/cerco-se-fecha-e-indios-isolados-da-amazonia-brasileira-correm-risco-de-exterminio-0