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O Cultivo Da Religiosidade Entre Os Policiais É Um Desvio Indesejável Em Suas Funções Ou Trata-se De Uma Necessidade Real, Que Somente Pode Ser Avaliada Por Aqueles Que Vivem A Tensão Decorrente Dessa Profissão?

Banca: Vunesp

Ano: 2012

Cargo: PM SP - Polícia Militar do Estado de São Paulo | Aluno-Oficial - PM SP

Padrão de Resposta: 30 linhas

Para produzir seu texto argumentativo, leia atentamente o que segue.

Texto I

Texto II

Policiais organizam-se em grupos religiosos

para buscar apoio espiritual

Fundado há três anos pelo escrivão Artur Juliano e pelo delegado Luís Gabriel Garcia, o grupo Policiais de Jesus organiza reuniões para acalentar esses profissionais, com orações e pregações da Bíblia, pelos dramas que eles enfrentam.

Os cultos são realizados quase todos os dias em quatro departamentos da corporação: uma vez por mês, eles se juntam na Câmara Municipal.

Um dos discípulos de Garcia é Nadivaldo de Rossi, delegado no 101.º Distrito Policial. Ele tem frequentado as reuniões há dois meses em busca de paz espiritual: “preciso do apoio para não me transformar em um ser humano truculento e impiedoso”, afirma. Para ajudarem a conviver com o estresse, os cultos abordam os percalços específicos e inerentes à atividade policial. “Os agentes se sentem mais à vontade para conversar comigo sobre seus problemas porque eu também ando armado e lido com bandidos”, acredita Garcia.

O trabalho é inspirado no de outra entidade, a PMs de Cristo, que reúne 1 470 associados e completa vinte anos de existência em junho. “Nosso sonho é que surjam grupos semelhantes também na Polícia Federal e na Guarda Municipal”, diz o cabo Valdir Alves, que é pastor da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana.

Apesar da proliferação, movimentos desse tipo não são abençoados por especialistas no assunto. “Instituir uma religião em uma corporação representa séria ameaça ao Estado laico”, entende o cientista político Guaracy Mingardi. Para ele, a interferência de crenças causaria prejuízo ao patrulhamento nas ruas. “Num exemplo hipotético, um policial pode resolver citar a Bíblia ao intervir em uma briga para tentar converter os envolvidos. E isso seria inadmissível.”

Os policiais que participam desses grupos, porém, afirmam que não confundem a cruz com a espada.

(Veja São Paulo, 30.05.2012. Adaptado)

Texto III

Polícia e Igreja

As associações religiosas das forças de segurança pública

PMs de Cristo

Corporação: Polícia Militar

Líder: Capitão Joel Rocha

Tempo de existência: Vinte anos

Número de integrantes: 1 470

Frequência dos encontros: Diária

Policiais de Jesus

Corporação: Polícia Civil

Líder: Delegado Luís Gabriel Garcia

Tempo de existência: Três anos

Número de integrantes: Cem

Frequência dos encontros: Quatro vezes por semana

União dos Delegados Espíritas de SP

Corporação: Polícia Civil

Líder: Delegado João Crusca

Tempo de existência: Treze anos

Número de integrantes: Cinquenta

Frequência dos encontros: Mensal

(Veja São Paulo, 30.05.2012. Excerto)

Elabore um texto argumentativo, tendo como base as informações apresentadas nos três textos, e posicione-se em relação à seguinte questão:

O cultivo da religiosidade entre os policiais é um desvio indesejável em suas funções ou trata-se de uma necessidade real, que somente pode ser avaliada por aqueles que vivem a tensão decorrente dessa profissão?