Ora, Ora

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Contudo a Agatha Edu se mantém essencialmente com a renda gerada por anúncios, desativa aí rapidinho, parça. 😀

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Para coibir a violência, é válido fazer justiça com as próprias mãos?


Texto I

A cena comumente se repete na televisão: ao relatar a história de um crime grave, como um homicídio, a reportagem se encerra com algum parente ou amigo da vítima dizendo: “só o que eu quero é justiça”. Na perspectiva de quem sofreu a perda de um dos seus, é como se tivesse havido um desencaixe da ordem natural das coisas. Algo passou a estar errado, fora do lugar, e a punição do criminoso funciona como uma vaga tentativa de restabelecimento da ordem – ainda que de forma incompleta, uma vez que, independentemente de haver ou não punição, a perda em si não se reverte, o que torna esse tipo de crime, em sua essência, irreparável.

(Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/justica/a-barbarie-de-fazer-justica-com-as-proprias-maos-7hu0qccwpa9ha146efciv9cjw/ Acesso em: 06.02.2021 Adaptado)

Texto II

Se você pensa que os vigilantes privados (aqueles que ficam nas guaritas das ruas, ou até mesmo os que vigiam o bairro de moto) são “bonzinhos”, saiba que você pode estar errado – o caso de Zé Gaguinho, autor de pelo menos sete homicídios no início dos anos 90, prova isso.

Zé fazia parte de um grupo de extermínio financiado pelos próprios comerciantes do bairro de Ferrazópolis, em São Bernardo.

"Eles começaram a extrapolar e a matar pessoas que não tinham relação com os crimes”, afirmou o delegado vigente de Homicídios nos anos 2000. Matar pessoas que tinham relação com os crimes tudo bem, então?

(Disponível em: http://www.justificando.com/2015/07/16/os-7-casos-mais-famosos-de-quem-faz-a-justica-com-as-proprias-maos/ Acesso em: 06.02.2021 Adaptado)

Texto III

No fim de fevereiro de 2016, o caminhoneiro Juvenal Paulino de Souza foi espancado até a morte em Paraíso do Norte, no Paraná. Ele foi acusado por populares de ter sido avistado tocando as partes íntimas de duas crianças, uma delas de seis anos. Ele foi encontrado desacordado pela polícia; no hospital, não resistiu aos ferimentos.

Um exame de corpo de delito nas crianças descartou os abusos.

Casos como o de Juvenal são comuns no país. O Brasil tem pelo menos um caso de linchamento por dia. Nas últimas seis décadas, estima-se que um milhão de pessoas tenham participado de algum caso de violência coletiva no país.

O número é do sociólogo José de Souza Martins, autor de um livro e um dos maiores especialistas sobre o tema no Brasil. Com tantos casos, os linchamentos não podem mais ser vistos como momentos excepcionais. A recorrência do fenômeno faz com que ele possa ser considerado um componente da realidade social brasileira.

(Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/explicado/2016/03/15/Justi%C3%A7a-com-as-pr%C3%B3prias-m%C3%A3os-uma-realidade-cotidiana Acesso em: 06.02.2021 Adaptado)

Com base nas informações dos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Para coibir a violência, é válido fazer justiça com as próprias mãos?