Movimentos antivacinistas – Doenças que já haviam sido erradicadas, como o sarampo, voltam à tona, entre outros motivos, pelo aumento de campanhas de antivacinação
Texto I
O QUE É E COMO SURGIU O MOVIMENTO ANTIVACINA?
O movimento antivacina prega que essa forma de imunização é prejudicial à saúde. As redes sociais são um dos principais meios de propagação dessas ideias, muitas vezes, postadas em sites e blogs com conteúdo de baixa credibilidade — mas que atingem várias pessoas.
A origem do movimento está em um artigo publicado em 1998, em um dos periódicos científicos mais renomados do mundo, o Lancet. Nele, o médico inglês, Andrew Wakefield, sugeria uma relação entre a vacina tríplice viral (contra o sarampo, caxumba e rubéola) com o autismo.
Anos mais tarde, foi provado que o estudo era nada mais nada menos do que uma fraude. O objetivo de Wakefield, que teve a sua licença médica caçada, era lucrar com um imunizante contra o sarampo. Contudo, antes que a constatação de fraude fosse feita, o artigo foi suficiente para que várias pessoas iniciassem o movimento antivacina.
Nos Estados Unidos, inclusive, o médico inglês ganhou voz e ainda hoje viaja pelo país para promover as suas ideias, apoiado por grandes celebridades, como Jim Carrey e Charlie Sheen. Tudo isso mesmo com a publicação de dezenas de estudos que comprovam que não existe relação entre a vacina e o autismo.
QUAIS OS RISCOS DESSA CAMPANHA?
O ano de 2018 marcou a volta de uma doença que já era considerada erradicada no Brasil: o sarampo. Foram 1673 novos casos confirmados até setembro do ano em questão, com 8 mortes. Na Europa, a ocorrência da enfermidade aumentou em cerca de 400%, apenas em 2017, com mais de 20 mil casos e 35 mortes.
Outra doença que ameaça voltar a aparecer, depois de ser erradicada em 1990, é a poliomielite, que causa paralisia infantil. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 300 cidades brasileiras estão com cobertura vacinal abaixo de 50% — visto que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é 95%.
Os pais adeptos do movimento, e que se recusam a vacinar as suas crianças, pensam que estão tomando uma decisão individual, mas a verdade é que acabam afetando todo o mundo. Com cada vez mais pessoas vulneráveis, mais chances os agentes invasores têm de causar doenças. Assim, as famílias voltam a correr os mesmos riscos de séculos atrás, quando condições "simples" causavam milhares de mortes.
Disponível em: https://clinicadoshopping.com.br/novidade/63/os-riscos-do-movimento-antivacina-clique-e-entenda
Com base nas informações dos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Movimentos antivacinistas – Doenças que já haviam sido erradicadas, como o sarampo, voltam à tona, entre outros motivos, pelo aumento de campanhas de antivacinação