Sociedade De Consumo e Endividamento: Como Reduzir Seus Impactos Negativos No Indivíduo?
Banca: Instituto AOCP
2018
Cargo: PM ES - Polícia Militar do Estado do Espírito Santo | Soldado
Padrão de Resposta: Resolução em texto30 linhas
TEXTO I
Principais causas do endividamento das famílias
Que muitos brasileiros estão com dificuldades nos dias atuais não é nenhuma novidade, o governo federal estima que 55,6% da população brasileira encontra-se endividada. E quanto mais o tempo passa, mais as dívidas das famílias aumentam. Desses 55,60% da população brasileira que se encontra endividada, a grande maioria se encontra nesta situação pelo consumo excessivo. Muitas pessoas compram mais do que ganham e isso afeta seu orçamento.
A má administração das finanças pessoais é uma das principais causas do endividamento das famílias. […] Além disso, a grande maioria das pessoas não possui uma reserva financeira para emergência (o recomendado é o equivalente de três a seis meses da sua renda líquida )para situações de emergência. […]
Dívidas com o crédito rotativo do cartão de crédito e o cheque especial são os grandes vilões quando tratamos do endividamento das famílias brasileiras. […] Atrasar o pagamento da prestação do automóvel ou da casa própria pode gerar consequências graves. Apesar destas serem as duas modalidades de financiamento mais baratas, há o risco da retomada do bem. […]
Adaptado de: <https://topinvest.com.br/principais-causas-do-endividamento-das-familias/>. Acesso em: 20 jun. 2018.
TEXTO II
Dívida faz mal à saúde e pode causar até depressão
THAIS FASCINA, DANIELLE BRANT
No dia em que o microempresário notou um zumbido insistente no ouvido a caminho do banco para tentar negociar parte de uma dívida de R$ 40 mil, decidiu procurar um médico. “Achei que fosse o motor do ônibus em que estava. Desde então, o barulho não sai da minha cabeça.” O empresário ficou surpreso com o diagnóstico: estresse causado pelos débitos aparentemente sem solução.
Casos assim são mais comuns do que se imagina e tendem a aumentar em cenário de preocupação com inflação e desemprego. No ambulatório do Hospital das Clínicas, em São Paulo, a psicóloga Tatiana Filomensky, coordenadora do grupo de compradores compulsivos, afirma que, hoje, três novas pessoas procuram o consultório por semana com queixas de ansiedade, angústia e depressão relacionadas a problemas financeiros. Nos últimos cinco anos, afirma, o número de atendimentos mais que dobrou. “Quase todos os meus pacientes estão com dívidas que não conseguem pagar, e a consequência é o impacto na vida pessoal.”
SEPARAÇÃO
Entre os efeitos comuns, estão brigas em casa, separações, descontrole emocional e problemas no trabalho. “Com o estímulo ao consumo e a oferta de crédito dos últimos anos, o cenário se tornou propício ao endividamento, sem que houvesse uma educação financeira da população”, diz Hermano Tavares, professor do Departamento de Psiquiatria da USP.
O consultor financeiro Mauro Calil diz que os mecanismos de cobrança também estão mais pesados: ligações no trabalho e em casa diariamente, e-mails e mensagens no celular, além do antigo hábito dos cobradores na porta. “E parcelas de dívidas que até poderiam ser pequenas ficaram mais pesadas pela inflação e pelo desemprego.” Para Hermano, da USP, as pessoas que desenvolvem problemas de saúde estão “em uma situação-limite”.
DESINTOXICAÇÃO
O consultório médico não é o único caminho para consumidores superendividados em busca de ajuda. Há grupos de ajuda no estilo do A.A. (Alcoólicos Anônimos), como o D.A. (Devedores Anônimos), nas cidades de São Paulo, do Rio, de Londrina, no Paraná, de Fortaleza, no Ceará, e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/04/1612649-divida-faz-mal-a- saude-e-pode-causar-ansiedade-angustia-e depressao.shtml>. Acesso em: 20 jun. 2018.
TEXTO III
Disponível em: <http://autossustentavel.com/2014/09/
consumo-e-etica.html>. Acesso em: 07 ago. 2018.
Os excertos de textos oferecidos como motivadores temáticos promovem, conjuntamente, uma reflexão sobre os diferentes fatores que podem levar ao endividamento, a partir dos quais se pode pensar no papel da família, da sociedade, da educação e do próprio indivíduo como elemento de solução para tal problemática social. Nesse sentido, a partir da leitura dos textos de apoio e do seu conhecimento de mundo, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em que você discuta o seguinte tema:
Sociedade de consumo e endividamento: como reduzir seus impactos negativos no indivíduo?
Selecione fatos e argumentos próprios e do texto de apoio, relacionando-os, de modo coeso e coerente, para construir seu ponto de vista.