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Os Efeitos da Supervalorização Do Trabalho Na Atualidade

TEXTO I

No início do século XX, o mundo do trabalho presenciou o desenvolvimento dos métodos de produção em cadeia. Henry Ford, com o desenvolvimento da linha de montagem, racionalizou a produção em massa de mercadorias, “que se estruturava a partir de uma produção mais homogeneizada e enormemente verticalizada” (ANTUNES, 2009, p. 38)[3].

Ford seguiu os ensinamentos de Frederick Taylor, que por sua vez, desenvolveu técnicas avançadas de padronização e simplificação da produção, objetivando a tomada da produção pelas máquinas, delegando aos operários apenas a execução de tarefas.

Para Maria Cecília Máximo Teodoro (2007, p.38)[4], Taylor: “ignorou, infelizmente, neste método bastante lógico, do ponto de vista técnico, os efeitos da fadiga e os aspectos humanos, psicológicos e fisiológicos das condições de labor, (...)”.

Ao desenvolver a linha de produção, Ford quis que os empregados se mantivessem fixos em seus postos de trabalho, objetivando a maior lucratividade. Os empregados não se deslocavam para exercer suas atividades, os produtos chegavam em esteiras que ditavam o ritmo da produção.

Para José Eduardo Faria, em sua obra O Direito na Economia Globalizada (2004, p.76)[5], enquanto o Taylorismo (Frederick Taylor) “decompõe tarefas para melhor distribuí-las aos trabalhadores individuais”, o Fordismo (Henry Ford) “as recompõe, vinculando ou ‘soldando’ esses mesmos trabalhadores na perspectiva de uma máquina produtiva orgânica”.

O Fordismo atingiu seu ápice após a Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre os anos de 1939 a 1945, que envolveu a maioria das nações do mundo e deixou mais de 70 milhões de mortos[6].

Nos anos seguintes, o mundo presenciou a Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, que, em poucas palavras, representava o conflito do capitalismo contra o socialismo. Esta Guerra durou desde o fim da Segunda Guerra até a queda da União Soviética em 1991, consequentemente, com a supremacia do capitalismo sobre o socialismo.

As mudanças no sistema de produção, e ao mesmo tempo, os males deixados pela Guerra levaram ao surgimento do Estado do Bem-Estar Social que tinha como principal objetivo a democracia e a emergência dos movimentos de massa.

Para Maria Cecília Máximo Teodoro[7]:

Não obstante a II Guerra Mundial seja considera o marco quer permitiu o desenvolvimento do Estado social, uma multiplicidade de fatores contribuiu para a formação desse modelo de gestão estatal. Uma gestão intervencionista na questão socioeconômica e aberta à participação popular no poder político. (TEODORO, 2011, p. 49)

A crise do petróleo nos anos 70 gerou uma necessidade de garantir uma produção flexível, com avanços tecnológicos e um trabalhador polivalente.

Atendendo a esta necessidade, surgiu nas montadoras de veículos da Toyota no Japão, o Toyotismo que tinha como característica o Just in Time, método de produção que descarta os estoques físicos de dentro da fábrica. Segundo este método, de forma computadorizada, o próprio sistema coordena o momento em que cada insumo deve ser entregue à linha de produção justamente no momento em que será utilizado.

Este novo modelo adota estruturas cada vez mais descentralizadas, há a especialização da produção, com grupos selecionados de trabalhadores com poliqualificação. O trabalho passou a ser de forma parcelada, o que culminava num sindicalismo fracionado e ausência de coletividade dos empregados.

Com tais características, o Toyotismo domina a subjetividade operária; é o controle do elemento subjetivo da produção. O envolvimento com o trabalho domina e aliena o trabalhador[8] (ANTUNES, 2004).

A partir do modelo do Toyotismo, o trabalho deixa de ser concreto para ser abstrato, imaterial, e o trabalhador, alienado, não mais se identifica com o produto.

Este método, associado às mudanças da nova revolução tecnológica e com a globalização, configura a nova dinâmica dos mercados de consumo e produção focada em sua própria lógica. A economia passa a ser transnacionalizada.

O trabalhador se vê pressionado de todas as formas a impulsionar uma produção com a qual não se identifica. A busca pela máxima lucratividade no capitalismo pressiona o trabalhador a atingir, ou em alguns momentos, superar seus limites para atingir as tarefas que lhe são impostas.

Disponível em: https://jus.com.br/artigos/24989/o-meio-ambiente-de-trabalho-as-consequencias-do-trabalho-moderno-na-saude-mental-do-trabalhador

Com base nas informações dos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Os Efeitos da Supervalorização Do Trabalho Na Atualidade