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Memória Brasileira: Uma Questão De Prioridade?

Proposta de Redação CEDERJ: 2019.1

Texto 1

A QUEM INTERESSA UM PAÍS SEM MEMÓRIA?

por Rogério Sottilli

No mesmo ano em que celebramos o bicentenário do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, assistimos à destruição de seu acervo histórico, arqueológico, antropológico, etnográfico e de história natural, respeitado internacionalmente.

Pelas mãos de funcionários, algumas peças foram salvas, mas nada se compara ao acervo original de 20 milhões de itens, fruto de anos de pesquisa. São 200 anos da memória de nosso País que viraram cinzas. Um patrimônio histórico e cultural que pertencia à humanidade.

O caso não é isolado. Em São Paulo, nos últimos anos foram ao menos quatro grandes acervos impactados por incêndios: o Instituto Butantan em 2010, o Memorial da América Latina em 2013, o Museu da Língua Portuguesa em 2015 e a Cinemateca Brasileira em 2016.

Por que tratamos nossos registros históricos com tanto descaso? A quem interessa um país sem memória? Um povo que não conhece seu passado, que não compreende suas referências e suas origens, perde a chance de reparar seus erros históricos e não é capaz de trilhar seu caminho rumo a um futuro de respeito aos direitos humanos e à democracia.

Disponível: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-quem-interessa-um-pais-sem-memoria. Acesso em: 15 set 2018 (Texto adaptado).

Texto 2

A MORTE DE UM MUSEU

por Roberto Damatta

Fizemos estádios e reformamos o Maracanã ali ao lado do Museu Nacional, que sequer foi visitado por alguma autoridade.

O Brasil é recordista em incêndios de museus, ao lado de ser um fenômeno no que tange ao roubo do povo em seu próprio nome!

Disponível: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,a-morte-de-um-museu,70002488041 - Acesso em 15 set 2018 (Texto adaptado)

Texto 3

POR QUE O MUSEU NACIONAL NASCEU E MORREU COMO SÍMBOLO DO TOMA LÁ DÁ CÁ

por depoimento de Laurentino Gomes a Marcelo Coppola

Um museu não morre por acaso. Morreu por abandono, por inanição, por falta de quem se interessasse por ele. É um retrato da negligência brasileira, em todos os seus aspectos. E não era apenas um problema financeiro, de falta de verba para a manutenção. A realidade dos outros museus brasileiros é muito parecida. Só a providência divina explica que o Museu do Ipiranga, por exemplo, não tenha tido até agora o mesmo destino de seu congênere carioca. O mais importante museu histórico paulista está abandonado e fechado ao público já há cinco anos. Isso apesar de faltarem apenas quatro anos para as comemorações do bicentenário da Independência. E ninguém sabe quando aquilo será reaberto. Foi fechado porque o prédio estava parcialmente em ruínas, ameaçado de desabar e — por que não? — pegar fogo. Essa é a realidade de praticamente todos os museus brasileiros.

Disponível: https://epoca.globo.com/por-que-museu-nacional-nasceu-morreu-como-simbolo-do-toma-la-da-ca-23047049#ixzz5RCe7MX9m. Acesso em: 15 set 2018 (Texto adaptado).

O recente incêndio do Museu Nacional provocou um acirrado questionamento acerca do descaso com os registros históricos no Brasil, sobretudo, fruto de pouco investimento.

A partir da leitura dos textos, desenvolva o seguinte tema:

MEMÓRIA BRASILEIRA: UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE?

Discuta, em um texto dissertativo, se o registro da memória histórica do Brasil é uma questão de prioridade.

Defenda um ponto de vista sobre o tema, apresentando argumentos consistentes, de maneira clara e encadeada. Preste

atenção à progressão textual, à coesão e à coerência.

O texto deve ser escrito na modalidade culta da língua portuguesa e deve ter entre 20 e 25 linhas.

Redação: UEG